segunda-feira, 11 de maio de 2009

Peregrinação a Fátima





Olá a todos.

Finalmente lá se concretizou a promessa que tinha sido feita de ir a pé a Fátima.

O grupo foi constituido por 14 pessoas. O sr. Acácio e o Sr. Manuel foram os incanssáveis apoiantes que o grupo levava. Obrigada aos dois pela paciência e apoio que nos deram.

O grupo de caminhantes era constituido por Joaquina Borges, Helena Miguel, Carlos Herdeiro, Fátima Miguel, Vitor Brás, Fátima Herdeiro, Maria Adelaide Corujo, Sandra Fernandes e Mabilde Banrezes. Da aldeia de Veigas juntaram-se a nós a D. Céu, a D. Beatriz e a sua incansável filha Helena que foi quem prestou apoio de enfermagem ao restante grupo, também a ela um muito obrigada.

A longa caminhada teve início em Macedo no dia 1 às 6 da manhã e entramos no recinto em Fátima no dia 9 por volta das 11 horas.

Pelo caminho ficam inúmeros episódios de pessoas que nos auxiliaram. As visitas dos nossos familiares que tivemos durante a viagem foi uma forma de nos sentirmos revitalizados para a jornada que nos esperava. Muito obrigada por este apoio. Aos Bombeiros voluntários de Trancoso também muito obrigada pela ajuda e apoio que nos deram. Foram fantásticos. Ao casal que nos acolheu em sua casa e nos deu dormida, obrigada pela lição de bondade e solidariedade que nos proporcionaram. Nunca os esqueceremos. Ao grupo de cuidados da Senhora das Almas mil agradecimentos por tudo. E para melhor compreenderem o que fizeram por nós, deixo aqui a reportagem que saiu num jornal local. Às tintas 2000 obrigada pelos bonés que nos ofereceram.

Quero salientar o esforço e sacrificio que alguns membros do nosso grupo fizeram para concluirem esta caminhada. Também eles nos deram uma grande lição de força e de coragem.

Para trás fica uma experiência única e inesquecivel. Um tempo de introspecção muito grande. Obrigada à Nossa Senhora de Fátima pelas beneces que nos deu e pela força que tivemos para lá chegar. Espero não me voltar a sentir aflita a ponto de prometer uma caminhda destas. Mas espero, igualmente, poder voltar a repetir esta experiência de uma forma voluntaria.


A todos os que estiveram com este grupo Um MUITO OBRIGADA...

Até breve.


Centenas de peregrinos aguardados no local de apoio do Senhor das Almas
Quarta, 06 Maio 2009 15:49 Liliana Lopes Última Hora

As placas, localizadas ao longo da Estrada da Beira, dão o sinal: “Apoio aos Peregrinos, a 20 quilómetros, no Senhor das Almas”. Foi exactamente no local indicado, no terreiro que envolve a Capela do Senhor das Almas, que o correiodabeiraserra.com encontrou a equipa de voluntários, que entre 4 e 9 de Maio, presta apoio às centenas de peregrinos que, por esta altura se fazem ao alcatrão rumo ao Santuário de Fátima.
Populares, enfermeiros, religiosas, bombeiros e uma médica constituem o grupo de apoio que, dentro das possibilidades, presta auxílio a quem já percorreu, a pé, dezenas e centenas de quilómetros e tem ainda pela frente uma longa caminhada.
De forma voluntária, socorrem-se de medicamentos, alimentos e outros géneros e serviços que outras tantas pessoas e entidades disponibilizaram também sem exigência de qualquer contrapartida.
As palavras são de apoio e de ânimo. E uma vez chegados ao local, nada falta aos peregrinos que, apesar dos problemas de saúde, que vão evidenciando não recuam na decisão de chegar a Fátima pelo próprio pé.
O momento da chegada dos peregrinos é de emoção. Visivelmente cansados pelo esforço a que a distância obriga e pelo calor que se tem feito sentir, rapidamente são encaminhados para um banho quente. As refeições e a dormida também estão garantidas. Para os peregrinos que já não são novos nestas andanças, o local já é conhecido.
O apoio no Senhor das Almas é prestado há já cinco anos, motivado pelo número elevado de peregrinos que passava no local. “No primeiro ano tivemos à volta de 700 pessoas e no ano passado apoiámos 470 peregrinos”, referiu ao correiodabeiraserra.com, José Agostinho, um dos mentores do projecto, recordando que a ideia surgiu quando o padre Rodolfo era o pároco da freguesia.



Aflições motivam promessas à Virgem




Com o aproximar do dia 13 de Maio, aumenta também o número de peregrinos a pedir apoio no Senhor das Almas. Para o final do dia de hoje, a equipa espera pela chegada de algumas centenas de peregrinos.
Quem já seguiu caminho foi o grupo, que cerca das 20h00 de ontem, não resistiu ao apoio prestado no terreiro localizado à beira da EN17. Para trás ficava Mogrão, Macedo de Cavaleiros.
A partida aconteceu na passada sexta-feira e, pela frente ainda se encontra um longo caminho. Num misto de cansaço e satisfação, os peregrinos não davam ares de desânimo.
Com os pés cosidos, braços e pernas queimados pelo sol intenso, Maria Miguel de 67 anos, nem queria ouvir falar em desistir. A receber cuidados médicos, sob o olhar atento de dois bombeiros, três enfermeiras e da médica Isidora Lobo, a peregrina contou a este diário digital que, foi a primeira vez que decidiu ir a Fátima a pé, motivada por uma promessa que não quis contar.
Também com os pés bastante magoados, Maria Adelaide Herdeiro, 56 anos, disse que a sua peregrinação se devia a uma promessa que fez, quando se deparou com o cancro que afectou o marido e com alguns problemas de saúde que o neto teve logo à nascença. “Vi-me muito aflita”, contou, mostrando-se agradecida por a Virgem ter atendido os seus pedidos.
Com 58 anos, Maria Joaquina Borges decidiu integrar o grupo de peregrinos, pela emoção que a chegada ao Santuário de Fátima lhe provoca. “Já vim um ano por promessa. Este ano vim por gosto”, contou com as pernas ligadas, lamentando as dores que as varizes lhe estavam a provocar.
Na sala de tratamentos improvisada não falta o necessário para os cuidados médicos. Isidora Lobo é a única médica voluntária que desde 2006 presta apoio no Senhor das Almas. Contou que por ali passam casos muito graves. “Ainda hoje (ontem) de manhã estava aqui uma senhora com uma flebite que insistiu em continuar”, referiu, dando conta do risco que corria em sofrer uma embolia pulmonar.
A quem vai passando, Isidora Lobo dá recomendações para uma boa marcha, como o recurso a meias elásticas. A médica não escondeu o desânimo de ser a única especialista a prestar apoio no local. “Os colegas daqui é que deveriam tomar a iniciativa de vir”, frisou, sublinhando que a própria nem sequer exerce a profissão em Oliveira do Hospital.
Os problemas ao nível dos membros inferiores e os escaldões de pele são os mais frequentes entre os peregrinos.